segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

Fluxos materiais e imateriais


A globalização, além da comunicação, acelerou também os meios de transporte e o fluxo de mercadorias no mundo, chamados de fluxos materiais (físicos). Esse aumento da circulação de mercadorias mundiais foi possibilitado pela integração sistemas imateriais (virtuais).
Os meios de transporte, o comércio e a distribuição de mercadorias representam exemplos de fluxos materiais, pois essa gama de objetos possui materialidade e volume. Os sistemas técnicos que dão fluidez (movimento) ao espaço geográfico não são os únicos incorporados ao território de um país no mundo moderno. Na atualidade, o avanço das tecnologias da comunicação e da informação delineou uma gama variadíssima de novos sistemas responsáveis por dar corpo aos denominados fluxos materiais. Para o sociólogo Manuel Castells, esta imaterialidade manisfesta-se pela enorme gama de transações por meio da telefonia e da internet, principais responsáveis pela disseminação da comunicação e da informação. A telefonia e a internet podem ser consideradas o verdadeiro tecido de nossas vidas, pois, atualmente, a tecnologia da informação provocou mudanças tão significativas quanto a eletricidade o fez na era industrial.

Na verdade, ao analisar as dinâmicas desses fluxos, chegamos à conclusão de que há uma interdependência total entre esses inúmeros sistemas: a base material de grande parte do sistema produtivo não funcionaria hoje sem os sistemas que dão virtualidade ao espaço. Como exemplo, podemos assegurar que uma parcela considerável da logística dos sistemas de transporte e  distribuição de mercadorias está intimamente ligada à rede de conexões on-line, o que agiliza a distribuição de bens pela internet, acelerando os mais diferentes fluxos de distribuição. Dessa forma, é possível afirmar que os fluxos materiais e imateriais ligam-se à mesma teia, formando uma grande rede relacional “energizada” pela internet, que disponibiliza uma enorme variedade de transações tanto econômicas quanto culturais.

As relações entre a Globalização e o Espaço Geográfico

O espaço geográfico, a superfície terrestre como moradia da humanidade, consiste, antes de tudo, numa interação entre as sociedades humanas e o seu meio ambiente. Esse meio ambiente é composto de áreas nas quais predominam a natureza original e outras — que se expandem a cada dia — onde existe um meio alterado pela ação humana, pelas suas obras ou construções. Algumas sociedades, como as tribos indígenas, têm como meio ambiente a natureza pouco modificada, à qual se adaptam. Porém, especialmente a partir da Revolução Industrial, que se iniciou em meados do século XVIII, a sociedade moderna tem como meio ambiente uma natureza humanizada (alterada, modificada), cuja evolução — as construções, a economia, as relações dos seres entre si e com a natureza — depende essencialmente dela própria, de seus interesses econômicos ou políticos e do nível de seu desenvolvimento tecnológico, e não mais dos acontecimentos naturais (climas, solos, rios, etc). É lógico que a natureza continua a ser a base da vida, inclusive a humana, e existem fenômenos catastróficos e incontroláveis sobre os quais a humanidade possui pouco, ou às vezes praticamente nenhum, controle: mudanças climáticas, abalos sísmicos e vulcanismo, meteoritos que caem na Terra, alterações na radiação solar, etc. Mas, comparando com o passado, quando a humanidade tinha um arsenal científico e tecnológico bem menos avançado, o nosso controle sobre a natureza, mesmo que parcial, é bem maior hoje em dia, de tal maneira que até mesmo nos preocupam as consequências negativas das nossas ações sobre a superfície terrestre. Podemos então afirmar que o espaço geográfico dos nossos dias é, acima de tudo, o resultado da ação humana sobre a natureza. Consequentemente, a sociedade humana e a natureza são os elementos fundamentais para a construção e a transformação (ou reorganização) do espaço geográfico. Foi preciso que o espaço geográfico se transformasse para que a Globalização pudesse se realizar, sem essa transformação não haveria o aumento extraordinário das relações na escala mundial. O processo de globalização só existe, pois nesse espaço foram construídos rua, avenidas, estradas, aeroportos, postes de telefonia e energia elétrica, empresas, antenas de rádio e TV, etc. 

 Espaço globalizado 
* O espaço geográfico atual foi equipado para receber os fluxos da globalização;
* As redes de transporte e comunicação possibilitam e alimentam o processo de globalização;
* Quanto maior a base tecnológica do espaço geográfico, mais globalizado ele fica; 


 Algumas características atuais da globalização

 • Luta por mercados consumidores;
• Período de grandes avanços tecnológicos;
• Surgimento de um complexo sistema de engenharia;
• Aniquilação do espaço pelo tempo (tempo real);
• Avanço no meio de transporte, telecomunicação e biotecnologia;
• Certa “homogeneização” da cultura (língua inglesa);
• Difusão da internet;
• Invasão cultural;
• Aumento da desigualdade social;
•Enfraquecimento do estado-nação (aparecimento das multinacionais);

quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Os atributos dos mapas

O título 
Todo bom mapa deve apresentar um título que informe, de maneira sucinta, quais foram os fenômenos da realidade selecionados para representar.

A legenda
A legenda, por sua vez, é o quadro que explicita o significado dos símbolos e grafismos utilizados no mapa.

A escala
A escala é também um dos atributos fundamentais do mapa. Ela estabelece a correspondência entre as distâncias representadas e as distâncias reais da superfície mapeada. É preciso reduzir as distâncias reais para poder representar uma cidade, uma região ou o mundo inteiro em um mapa. É importante observar que, para a elaboração de um planisfério, por exemplo, as distâncias reais devem ser reduzidas milhões de vezes. Há duas classificações de escala: a escala numérica e a escala gráfica.

A escala numérica se trata de uma operação de divisão e que, portanto, existe um numerador e um denominador. O numerador é sempre o número 1, enquanto o denominador varia de acordo com a redução realizada. Em um mapa em escala 1:1.000.000 (lê-se 1 por um milhão), a superfície representada foi reduzida um milhão de vezes. Em um mapa em escala 1:1.000 (lê-se um para mil), a superfície representada foi reduzida mil vezes. Vamos pensar: qual destes mapas apresenta uma escala menor? Dica: Quanto maior é o denominador, menor é a escala do mapa, pois mais vezes as distâncias reais foram reduzidas para serem representadas no papel. Assim, resposta é 1:1.000.000. Quando a superfície a ser representada é muito grande, é necessário usar uma escala pequena. Contudo, quando se representa uma superfície relativamente pequena, é possível utilizar uma escala grande.

A escala gráfica é uma linha horizontal dividida em centímetros, que indica diretamente a relação entre as distâncias no mapa e as distâncias correspondentes na realidade. Com ela, é possível medir a distância entre os lugares sem precisar recorrer a cálculos matemáticos. Para usar a escala gráfica, você mede a distância que aparece na escala (por exemplo, 1cm). Para saber a medida entre duas cidades, você mede com a régua (por exemplo, 6cm). Como na escala aparece 0 – 120km, quer dizer que 1cm vale 120km, assim os 6cm de distância entre as cidades, com a régua no mapa, vale 720km (120 vezes 6).

Segue a apresentação usada em sala de aula...

Geografia das Populações - Introdução



Um pequeno vídeo pra reflexão



 Segue o link do ótimo blog da Professora Celina. Vale a pena conferir o texto...