quinta-feira, 14 de maio de 2009

A política, o poder e as eleições

A política é a arte de conquistar e manter o poder. É com essa finalidade que se disputam eleições, promoções, concursos, prestígio pessoal etc. O acesso a alguma forma de poder é a primeira condição para realizar outros objetivos, sejam eles nobres ou mesquinhos, pessoais ou coletivos.

Os que se lançam numa disputa eleitoral querem conquistar uma parcela de poder ou manter o que já possuem. No entanto, a atividade política não é desenvolvida pelos indivíduos isoladamente. Eles atuam em grupos e, oficialmente, no caso da conquista do poder público, fazem-no por meio de organizações especializadas. Essas organizações são os partidos políticos, nos quais se estruturam as idéias, as estratégias para disputas de eleições, os planos de governo etc.

O voto é a principal forma de participação na tomada de decisões da vida pública. É por meio de participação que são eleitos governantes e representantes do povo em todos os níveis do poder público do país.


Extraído de “Política: ciência, vivência e trapaça” - Paulo Martinez

sexta-feira, 8 de maio de 2009

Bolsa Desonestidade

Na última quarta-feira, 6, o TCU (Tribunal de Contas da União) divulgou um relatório inquietante. Trata-se de uma auditoria sobre o Bolsa Família, o mais importante programa de transferência de renda do governo federal, que pagará R$ 11,4 bilhões neste ano em benefícios entre R$ 20 e R$ 182 a mais de 11 milhões de famílias.

Alguns dos absurdos: ganhadora de um repasse mensal de R$ 94, uma família de Sergipe é proprietária de sete caminhões. A frota é avaliada em R$ 756.467,00. Outra família, de São Paulo, também recebeseu dinheirinho apesar de ter entre seus menbros o feliz proprietário de uma moto importada.

Os benefícios do Bolsa Família, que só podem ter renda até R$ 137 mensais por pessoa da família. No entanto, ao cruzar a lista de beneficiários do programa com os cadastros do Renavam (Registro Nacional de Veículos Automotores), os auditores identificam mais de 106 mil famílias proprietárias de veículos com valor acima de R$ 4.000,00. E pior: entre os veículos identificados, há 713 avaliados em mais de R$ 100 mil.

Como se não bastasse, na lista de beneficiários do Bolsa Família estão 20.601 políticos que recebem benefícios, a maioria deles, na categoria dos extremamentes pobres.
O cruzamento com o Sisobi (Sistema Informatizado de Controle de Óbitos) revelou ainda a presença de quase 300 mil pessoas mortas no cadastro único.

O combate às supostas fraudes poderia fazer o governo economizar o equivalente a 3,4 % da folha mensal de pagamentos de programa, o equivalente a R$ 318 milhões no período de um ano.
Então, fica a pergunta: onde foi parar a honestidade? Por que alguns são acostumadosa sempre ter vantagem?

Enquanto isso, aqueles que pagam impostos e trabalham de sol a sol, sustentam estes R$ 318 milhões que são despejados para quem não precisa.

Como não se revoltar? Como não questionar a eficiência deste programa social? É fundamental que o brasileiro tenha a ciência de que não é presidente Lula que arca com esse dinheiro que é doado aos "pobres". Ele sai do teu bolso. E então, você está feliz?

Extraído do editorial do "Jornal do Trem" - 08 a 14 de maio de 2009