quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Soldados Privados


O alastramento da demanda por serviços de guerras em diversas regiões do globo é um sinal de que a guerra traz lucros. Empresas contratam pessoas para que essas entrem em guerras alheias. São diversas pessoas agindo militarmente em territórios distantes e que na maioria das vezes sabem que combatem apenas pelo dinheiro envolvido, sem saberem as causas do conflito.

O aumento da violência contra civis em conflitos pelo mundo, principalmente no Oriente Médio, é uma forma de retalhação e uma nova forma de guerra. Alvos físicos deixam de ser majoritários nas guerras e atacar civis torna-se uma forma de trazer maiores danos ao inimigo, militarmente superior.

"Em diversos países, as companhias privadas operam como um governo paralelo e têm sido associadas ao recrudescimento da violência e ao aumento das mortes civis".

Veja o trecho abaixo:

“Dos soldados privados que fazem uso das armas sempre que a situação o exige, temos, somente no Iraque, algo em torno de 30 mil. Com isso, depois dos americanos, os “novos mercenários” reúnem o segundo maior “contingente” e possuem, em termos numéricos, muito mais homens do que todas as outras tropas de coalizão. Mas eles não estão em atividade apenas na Mesopotâmia. No Afeganistão, por exemplo, funcionários da empresa americana DynCorp fazem a proteção do presidente Karsai, enquanto outras empresas tomam conta dos prédios do governo e da infraestrutura; no sudoeste da Ásia e na América do Sul, eles lutam em diversos cenários contra os rebeldes, cartéis de drogas e senhores de guerra; em países africanos, eles fazem a segurança dos campos de petróleo e de diamantes. Eles estiveram em atividade em mais de 160 Estados nos últimos anos e a demanda por seus serviços não está diminuindo.” (UESSELER, R. Guerra como prestação de serviço: a destruição da democracia pelas empresas militares privadas. Traduzido por Marcio CasaNova. São Paulo: Estação Liberdade, 2008. p. 22.)

TIO SAM, quem será o próximo?


Após o final da Guerra Fria, os EUA se consolidaram ainda mais como super potência global. O acúmulo de capital permitiu grandes influências políticas e, principalmente, militar. Os interesses particulares são conquistados pelo seu poderio bélico frente a "adversários" considerados extremamente fracos militarmente, mas adversários estratégicos para continuação e afirmação da supremacia estadunidense. Diante dessa postura agressiva, o país vira alvo de ataques terroristas e é concebido como o "inimigo do Ocidente".

Quem será a próxima vítima?

Só para lembrar algumas de suas ações: Guerra do Golfo em 1991, invasão do Iraque em 2003, conformação de alianças em Israel e no mundo árabe-muçulmano, liderança de sanções contra o Irã em função das pretensões nucleares persas

domingo, 29 de agosto de 2010

O professor

O professor deve se atualizar constantemente, sua formação deve ser continuada. É ele o principal responsável pela aprendizagem de seus alunos. Atualmente, um dos principais insucessos dentro do ambiente escolar é a formação inadequada de alguns profissionais e certo desinteresse dos alunos. Cabe ao professor estimular seus alunos e levá-los a aprender a aprender.
Devemos entrar em sala preparados e as nossas aulas devem ser em uma linguagem em que o aluno possa entender, nossas aulas devem ser interativas, faz-se necessário dominar as novas tecnologias e usá-las em conjunto e a favor do currículo. Desenvolver as habilidades e competências em nossos alunos permite a formação de cidadãos críticos e com autonomia de pensamento e criação.

Acho que faremos a diferença e contribuiremos muito para a qualidade do ensino em São Paulo a partido do momento em que incorporamos problemas cotidianos ao currículo e a interligação dos saberes, dessa forma nossa atuação em sala deixa de ser neutra, ela se colocaria cada vez mais ao combate da desinformação e na luta de uma sociedade com bases concretas.

sábado, 28 de agosto de 2010

Por que o tempo parece acelerar?

O cérebro humano mede o tempo por meio
da observação dos movimentos.

Se alguém colocar você dentro de uma sala branca e vazia, sem portas ou janelas, sem relógio, você começará a perder a noção do tempo. Por alguns dias, sua mente detectará a passagem do tempo sentindo as reações internas do seu corpo, incluindo os batimentos cardíacos, ciclos de sono, fome, sede e pressão sanguínea. Então...quando tempo suficiente houver passado, você perderá, completamente, a noção das horas, dos dias ou dos anos.
Estou exagerando para efeito didático, mas, em essência, é o que ocorreria.
Isso acontece porque nossa noção da passagem do tempo deriva do movimento dos objetos, pessoas, sinais naturais e da repetição de eventos cíclicos, como o nascer e o pôr-do-sol.Se alguém tirar estes sinais sensoriais da nossa vida, simplesmente, perdemos a noção da passagem do tempo.
Compreendido este ponto, há outra coisa que você tem que considerar: nosso cérebro é extremamente otimizado. Ele evita fazer duas vezes o mesmo trabalho. Um adulto médio tem entre 40 e 60 mil pensamentos por dia. Qualquer um de nós ficaria louco se o cérebro tivesse que processar, conscientemente, tal quantidade de pensamentos. Por isso, a maior parte destes pensamentos é automatizada, e não aparece no índice de eventos do dia. Para que não fiquemos loucos, o cérebro faz parecer que nós não vimos, não sentimos e não vivenciamos aqueles pensamentos automáticos, repetidos, iguais.Por isso, quando você vive uma experiência pela primeira vez, ele dedica muitos recursos para compreender o que está acontecendo. É quando você se sente mais vivo.
Conforme a mesma experiência vai se repetindo, ele vai, simplesmente, colocando suas reações no modo automático, e "apagando" as experiências duplicadas.
Se você entendeu estes dois pontos, já vai compreender por que parece que o tempo acelera, quando ficamos mais velhos, e por que os natais chegam cada vez mais rapidamente.Quando começamos a dirigir, tudo parece muito complicado: o câmbio, os espelhos, os outros veículos...nossa atenção parece ser requisitada ao máximo. Então, um dia, dirigimos trocando de marcha, olhando os semáforos, lendo os sinais ou até falando ao celular (proibido), ao mesmo tempo. E você usa apenas uma pequena "área" da atenção para isso.
Como acontece? Simples: o cérebro já sabe o que está escrito nas placas (você não lê com os olhos, mas, com a imagem anterior, na mente); o cérebro já sabe qual marcha trocar (ele simplesmente, pega suas experiências passadas e usa, no lugar de repetir, realmente, a experiência).
Em outras palavras, você não vivenciou aquela experiência, pelo menos para a mente.Aqueles críticos segundos de troca de marcha, leitura de placa...são apagados de sua noção de passagem do tempo.
Por que estou explicando isso? Que relação tem isso com a aparente aceleração do tempo?Tudo. A primeira vez que isso me ocorreu foi quando passei três meses nas florestas de New Hampshire, Estados Unidos, morando em uma cabana. Era tudo tão diferente, as pessoas, a paisagem, a língua, que eu tinha dores de cabeça sempre que viajava em uma estrada, porque meu cérebro ficava lendo todas as placas (eu lia mesmo, pois era tudo novidade, para mim). Foram somente três meses, mas, ao final do segundo mês, eu já me sentia como se estivesse há um ano longe do Brasil.
Foi quando comecei a pesquisar a razão dessa diferença de percepção. Bastou eu voltar ao Brasil e o tempo voltou a "acelerar". Pelo menos, assim parecia. Veja, quando você começa a repetir algo exatamente igual, a mente apaga a experiência repetida.
Conforme envelhecemos, as coisas começam a se repetir - as mesmas ruas, pessoas, problemas, desafios, programas de televisão, reclamações...enfim...as experiências novas (aquelas que fazem a mente parar e pensar de verdade, fazendo com que seu dia pareça ter sido longo e cheio de novidades), vão diminuindo. Até que tanta coisa se repete, que fica difícil dizer o que tivemos de novidade na semana, no ano ou, para algumas pessoas, na década.Em outras palavras, o que faz o tempo parecer que acelera é a r-o-t-i-n-a.
Não me entenda mal.

A rotina é essencial para a vida e otimiza muita coisa, mas, a maioria das pessoas ama tanto a rotina que, ao longo da vida, seu diário acaba sendo um livro de um só capítulo, repetido todos os anos. (Airton Luiz Mendonça)

Texto postado em "Tribuna do Povo"

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Ensino e Democracia

O ensino que promove aprendizagens permite aos alunos adquirirem conhecimentos, além de transformar e criar novos mecanismos de busca ao saber. Ao receberem os conhecimentos plurais das disciplinas, os alunos passam a entender o funcionamento da sociedade e suas particularidades, permitindo assim exigir seus direitos e praticar seus deveres.

O ensino de qualidade fortifica a democracia, pois o poder da população, direta ou indiretamente, será conduzido ao objetivo comum, que favoreça a todos, sem exclusividade de um grupo privado.

Paulo Matiuzzi

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Espírito de Competitividade? Não na Coreia do Norte...

Presidente da Coreia do Norte pune técnico da seleção com trabalho forçado
Depois de ouvir bronca de seis horas, Kim Jong-Hun vai a campo trabalhar com uma enxada

Kim Jong Hun foi punido pela má campanha na
Copa do Mundo (Foto: Getty image)Desapontado com o desempenho da seleção da Coreia do Norte na Copa do Mundo, o presidente Kim-Jong-il deu uma bronca de quase seis horas na delegação que esteve no Mundial. O time asiático, que foi eliminado ainda na primeira fase, foi obrigado a passar pela humilhação diante de 400 pessoas no Palácio de Governo.

O integrante que mais sofreu com a ira do chefe norte coreano foi o técnico Kim Jong-Hun. O treinador foi obrigado a realizar trabalho braçal como punição pelo fracasso na África do Sul. É comum no país, que atletas e técnicos que não tenham êxito nas competições, façam trabalho forçado como forma de punição.

A Coreia do Norte, que fez parte do grupo do Brasil, estreou no Mundial após fazer uma partida equilibrada contra a Seleção Brasileira. A derrota de apenas 2 a 1 deixou o time asiático com uma boa expectativa para o segundo confronto, contra Portugal. Porém, os norte coreanos foram massacrados por 7 a 0 pelos portugueses. Na última partida, contra a Costa do Marfim, nova derrota, desta vez, por 3 a 0.

Fonte: GLOBOESPORTE.COM (RJ)

quarta-feira, 28 de julho de 2010

O que seríamos sem a Revolução Industrial?

Ao estudarmos as diversas disciplinas durante os longos e prazerosos anos escolares, em algum momento, mesmo não prestando a atenção devida, nos deparamos com a tal Revolução Industrial, e não somente com ela, mas com diversas outras (Francesa, Russa, Cubana). Mas afinal, o que é uma revolução? O termo revolução significa transformação, mudança radical de algo que era de um determinado jeito e muda bruscamente. Cada revolução tem suas particularidades, o fato é que a Revolução Industrial modificou o modo de produção de mercadorias, saindo do modo artesanal para incorporar a força motriz.
A Revolução Industrial foi um processo que teve início por volta de 1750 na Inglaterra e que, posteriormente, disseminou-se pela Europa e pelo mundo. A burguesia industrial, na busca por maiores lucros e produção acelerada, com menor preço, investiu em novas tecnologias para a produção de mercadorias, culminando em diversas invenções de cunho científico-tecnológico. O crescimento populacional trouxe também grande demanda de tais produtos e mercadorias.

O cinema, um dos produtos da modernidade, remonta essa fase posterior à Revolução Industrial no célebre “Tempos Modernos”, com Charles Chaplin. O filme foca a vida urbana nos EUA após a crise de 1929 – a pior crise econômica do sistema capitalista, que levou grande parte da população ao desemprego e até a fome. Na trama, é possível notar uma sociedade caracterizada pela produção industrial, com base no sistema de linha de montagem e alta especialização do trabalho. Uma das cenas iniciais do filme mostra que cada trabalhador possui uma função específica dentro da fábrica e que a esteira de montagem onde trabalham é veloz, satisfazendo apenas a necessidade de produção em massa. O trabalho desrespeita o ser humano, pois é desgastante e repetitivo, levando frequentemente os operários à loucura.
O filme faz uma crítica à modernidade e ao capitalismo, pois o operário é “mastigado” pela ambição do lucro e reprimido por tentar expressar suas ideias, consideradas subversivas.

A Revolução Industrial trouxe consequências tanto boas quanto ruins, e foi fundamental para desenvolvimento do cidadão. Sem ela, talvez o mundo não teria dado um salto tecnológico tão importante para diferentes áreas da ciência e da indústria. É evidente que os avanços que foram apresentados ao longo dos anos são fantásticos e se multiplicam em diversos ramos do conhecimento humano: do transporte à medicina. Em termos de evolução dos meios de transporte, por exemplo, de 1500 a 1840, a velocidade das carruagens e barcos a velas chegava a 16 km/h; em 1930, uma locomotiva poderia atingir 100 km/h; em 1960, um jato de passageiros oscilava entre 800 a 1100 km/h. Atualmente, um ônibus espacial viajando em direção a órbita da Terra atinge nada menos que 27 mil km/h!

Todos esses avanços atuais são frutos da Revolução Industrial. A intensa busca pelo lucro e a competitividade das empresas permitiram constantes inovações e descobertas. O combustível que move os automóveis, a energia elétrica que alimenta empresas e casas e os meios de comunicação estão atrelados ao desenvolvimento tecnológico que ganhou força naquela época.
Imagine hoje como viveríamos sem televisão, internet e celular? Sem computador e impressora, por exemplo, não teríamos nesse momento este texto em mãos. O que seríamos sem a Revolução Industrial?