domingo, 29 de agosto de 2010

O professor

O professor deve se atualizar constantemente, sua formação deve ser continuada. É ele o principal responsável pela aprendizagem de seus alunos. Atualmente, um dos principais insucessos dentro do ambiente escolar é a formação inadequada de alguns profissionais e certo desinteresse dos alunos. Cabe ao professor estimular seus alunos e levá-los a aprender a aprender.
Devemos entrar em sala preparados e as nossas aulas devem ser em uma linguagem em que o aluno possa entender, nossas aulas devem ser interativas, faz-se necessário dominar as novas tecnologias e usá-las em conjunto e a favor do currículo. Desenvolver as habilidades e competências em nossos alunos permite a formação de cidadãos críticos e com autonomia de pensamento e criação.

Acho que faremos a diferença e contribuiremos muito para a qualidade do ensino em São Paulo a partido do momento em que incorporamos problemas cotidianos ao currículo e a interligação dos saberes, dessa forma nossa atuação em sala deixa de ser neutra, ela se colocaria cada vez mais ao combate da desinformação e na luta de uma sociedade com bases concretas.

sábado, 28 de agosto de 2010

Por que o tempo parece acelerar?

O cérebro humano mede o tempo por meio
da observação dos movimentos.

Se alguém colocar você dentro de uma sala branca e vazia, sem portas ou janelas, sem relógio, você começará a perder a noção do tempo. Por alguns dias, sua mente detectará a passagem do tempo sentindo as reações internas do seu corpo, incluindo os batimentos cardíacos, ciclos de sono, fome, sede e pressão sanguínea. Então...quando tempo suficiente houver passado, você perderá, completamente, a noção das horas, dos dias ou dos anos.
Estou exagerando para efeito didático, mas, em essência, é o que ocorreria.
Isso acontece porque nossa noção da passagem do tempo deriva do movimento dos objetos, pessoas, sinais naturais e da repetição de eventos cíclicos, como o nascer e o pôr-do-sol.Se alguém tirar estes sinais sensoriais da nossa vida, simplesmente, perdemos a noção da passagem do tempo.
Compreendido este ponto, há outra coisa que você tem que considerar: nosso cérebro é extremamente otimizado. Ele evita fazer duas vezes o mesmo trabalho. Um adulto médio tem entre 40 e 60 mil pensamentos por dia. Qualquer um de nós ficaria louco se o cérebro tivesse que processar, conscientemente, tal quantidade de pensamentos. Por isso, a maior parte destes pensamentos é automatizada, e não aparece no índice de eventos do dia. Para que não fiquemos loucos, o cérebro faz parecer que nós não vimos, não sentimos e não vivenciamos aqueles pensamentos automáticos, repetidos, iguais.Por isso, quando você vive uma experiência pela primeira vez, ele dedica muitos recursos para compreender o que está acontecendo. É quando você se sente mais vivo.
Conforme a mesma experiência vai se repetindo, ele vai, simplesmente, colocando suas reações no modo automático, e "apagando" as experiências duplicadas.
Se você entendeu estes dois pontos, já vai compreender por que parece que o tempo acelera, quando ficamos mais velhos, e por que os natais chegam cada vez mais rapidamente.Quando começamos a dirigir, tudo parece muito complicado: o câmbio, os espelhos, os outros veículos...nossa atenção parece ser requisitada ao máximo. Então, um dia, dirigimos trocando de marcha, olhando os semáforos, lendo os sinais ou até falando ao celular (proibido), ao mesmo tempo. E você usa apenas uma pequena "área" da atenção para isso.
Como acontece? Simples: o cérebro já sabe o que está escrito nas placas (você não lê com os olhos, mas, com a imagem anterior, na mente); o cérebro já sabe qual marcha trocar (ele simplesmente, pega suas experiências passadas e usa, no lugar de repetir, realmente, a experiência).
Em outras palavras, você não vivenciou aquela experiência, pelo menos para a mente.Aqueles críticos segundos de troca de marcha, leitura de placa...são apagados de sua noção de passagem do tempo.
Por que estou explicando isso? Que relação tem isso com a aparente aceleração do tempo?Tudo. A primeira vez que isso me ocorreu foi quando passei três meses nas florestas de New Hampshire, Estados Unidos, morando em uma cabana. Era tudo tão diferente, as pessoas, a paisagem, a língua, que eu tinha dores de cabeça sempre que viajava em uma estrada, porque meu cérebro ficava lendo todas as placas (eu lia mesmo, pois era tudo novidade, para mim). Foram somente três meses, mas, ao final do segundo mês, eu já me sentia como se estivesse há um ano longe do Brasil.
Foi quando comecei a pesquisar a razão dessa diferença de percepção. Bastou eu voltar ao Brasil e o tempo voltou a "acelerar". Pelo menos, assim parecia. Veja, quando você começa a repetir algo exatamente igual, a mente apaga a experiência repetida.
Conforme envelhecemos, as coisas começam a se repetir - as mesmas ruas, pessoas, problemas, desafios, programas de televisão, reclamações...enfim...as experiências novas (aquelas que fazem a mente parar e pensar de verdade, fazendo com que seu dia pareça ter sido longo e cheio de novidades), vão diminuindo. Até que tanta coisa se repete, que fica difícil dizer o que tivemos de novidade na semana, no ano ou, para algumas pessoas, na década.Em outras palavras, o que faz o tempo parecer que acelera é a r-o-t-i-n-a.
Não me entenda mal.

A rotina é essencial para a vida e otimiza muita coisa, mas, a maioria das pessoas ama tanto a rotina que, ao longo da vida, seu diário acaba sendo um livro de um só capítulo, repetido todos os anos. (Airton Luiz Mendonça)

Texto postado em "Tribuna do Povo"

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Ensino e Democracia

O ensino que promove aprendizagens permite aos alunos adquirirem conhecimentos, além de transformar e criar novos mecanismos de busca ao saber. Ao receberem os conhecimentos plurais das disciplinas, os alunos passam a entender o funcionamento da sociedade e suas particularidades, permitindo assim exigir seus direitos e praticar seus deveres.

O ensino de qualidade fortifica a democracia, pois o poder da população, direta ou indiretamente, será conduzido ao objetivo comum, que favoreça a todos, sem exclusividade de um grupo privado.

Paulo Matiuzzi